quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Garantir mobilização

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Governo recebe Conlutas e promete agir contra demissões
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O Governo recebeu a Conlutas nesta terça-feira para discutir a crise econômica e as demissões que vêm ocorrendo no país em decorrência da crise.

A audiência aconteceu das 9h às 10h no gabinete do ministro do Trabalho e do Emprego, Carlos Lupi, com a presença do ministro, do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, e do secretário de Relações do Trabalho do MTE, Luis Antonio Medeiros. A Conlutas foi representada pelos dirigentes do setor metalúrgico Luiz Carlos Prates e Zé Maria, e do setor da mineração – Vale, Paulo Soares e Sebastião Deiró.

A Conlutas avaliou a crise e as conseqüências aos trabalhadores, e reivindicou ao governo que adote medidas imediatas para proteger o trabalhador, seu emprego, o salário e os direitos. Foram destacadas a situação da Vale, da General Motors (categorias onde estão ocorrendo mobilizações dos trabalhadores contra as demissões), da Embraer e do setor do Gusa e siderúrgico de Minas Gerais, que vêm sofrendo demissões e ataques patronal por conta da crise.

Segundo José Maria, os ministros disseram que o governo está preocupado com as demissões no país e considera injustificável a dimensão que as empresas estão dando aos problemas que enfrentam, em particular no caso da Vale, e das montadoras de veículos, pois nada justifica demissões nestas empresas, pelo menos neste momento.

O dirigente Paulo Soares ressaltou que os ministros disseram que o Governo já teria começado a agir e que, em particular em relação à Vale e à GM, vai intervir novamente junto às empresas para buscar evitar as demissões e tentar reverter pelo menos parte
das que já aconteceram.

Ainda de acordo com José Maria, o governo disse que vai intervir também junto à Embraer, para buscar impedir que a empresa consume as demissões que estariam previstas.

"O ministro Luis Dulci, ressalvando que não concorda com as avaliações expressas no documento apresentado pela Conlutas, se comprometeu a levar as propostas nele contidas (abaixo) à análise do Conselho Político do Governo, ressaltando que sobre algumas delas já vêm sendo feito estudos, como é o caso do seguro-desemprego", relatou o dirigente sindical.

Segundo os dirigentes da Conlutas, as afirmações dos ministros durante a reunião não necessariamente implicam em sua efetivação. "Por esta razão é fundamental a continuidade e o fortalecimento das mobilizações que já estão em curso, da pressão sobre as empresas e sobre o governo, pois esta é a única garantia de que, de fato, sejam tomadas medidas concretas para impedir as demissões e defender os salários e direitos dos trabalhadores", destacou Luis Carlos Prates (Mancha).

A Conlutas está organizando e/ou participando de diversas mobilizações nos próximos dias. Entre elas, no dia 22/1 em Congonhas contra o fechamento da Mina de Fábrica; no dia 24/1 quando está marcada uma manifestação em São José dos Campos contra demissões; dia 11/2 haverá manifestação em frente a sede da Vale, no Rio de Janeiro; e dia 12/2 tem manifestações em frente á FIESP e à FIEMG.

Ao final da audiência, a Conlutas cobrou do ministro do Trabalho e do Emprego uma solução para a regularização do registro do Andes. Além disso, cobrou sua participação no Grupo de Trabalho do Ministério que está discutindo organização sindical no setor público. O pedido foi aceito e a participação da Conlutas deverá ser encaminhada pelo secretario de Relações do Trabalho.
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