sábado, 15 de agosto de 2009

Reportagem do Jornal Hoje em Dia - 14/08/09

POLÍTICA >
PBH tenta corrigir defasagens salariais


Alex Capella - Repórter

Para tentar corrigir a defasagem nos salários dos servidores municipais e evitar uma greve generalizada, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresentou ontem uma tabela com uma série de ajustes nas carreiras dos profissionais das áreas de educação, saúde, segurança pública e administração. Na prática, ainda neste ano, o reajuste nos vencimentos será visto apenas nos contra-cheques dos auxiliares administrativos. Ao lado da Guarda Municipal, que terá o salário reajustado a partir de janeiro de 2010, os servidores da área administrativa terão aumento de 15%. Para as áreas de educação e saúde, o projeto traz gratificações e reajustes no valor das jornadas.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) pleiteia reajuste linear de 26%, já descartado pelo próprio prefeito Marcio Lacerda (PSB). A justificativa está calcada na crise econômica internacional que, conforme a Secretaria Municipal de Planejamento, provocou redução de 3,5% na receita em julho, comparado com o mesmo mês de 2008. Apesar da crise, o acumulado das receitas próprias da PBH, no primeiro semestre, é 2,1% maior com relação a 2008. Segundo o secretário Helvécio Magalhães, essa performance positiva no ano se deu pelos ajustes feitos no custeio da máquina administrativa e pela interrupção do lançamento de novos projetos para obras. “O ambiente financeiro hoje da prefeitura, por causa da crise, requer extrema cautela. A avaliação cuidadosa da evolução da receita nesses sete meses nos permitiu chegar a essa proposta, que vai acarretar impacto na folha de cerca de R$ 60 milhões a cada 12 meses”.

O secretário acredita que, com essa proposta, ao lado de outras medidas já tomadas anteriormente, como o aumento no valor do vale refeição(R$ 5 para R$ 7), o pagamento da insalubridade para agentes comunitários de saúde, a reposição das perdas salariais pelo INPC sobre o salário-base para a administração indireta (Belotur, Prodabel, Urbel e BHTrans), além da concessão do vale transporte para os estagiários, a PBH conseguirá evitar o clima de descontentamento do funcionalismo público ou a transferência dos profissionais para outros órgãos públicos ou para a iniciativa privada. “As paralisações só prejudicam a cidade. A prefeitura nunca se negou a negociar”.

No caso de o índice de comprometimento do orçamento com o folha salarial ficar na casa dos 47% e de a receita apresentar crescimento nos níveis da inflação, a PBH estuda também um “gatilho” automático, dividido em duas parcelas, para os meses de março e setembro, aos servidores, em 2010.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/v2/index.php?sessao=13&ver=1&noticia=7700

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