Mães reclamam de falta de vagas em creches municipais em Belo Horizonte
Mães que precisam trabalhar reclamam que não conseguem uma vaga para os filhos nas creches e escolas públicas municipais e filantrópicas de educação infantil. Hoje, na capital, pelo menos 18 mil crianças estão na fila de espera, segundo a prefeitura.
E para tentar uma vaga para o ano que vem é preciso fazer um cadastro. As inscrições já estão abertas.
Mais um dia começa e Juliana precisa sair para trabalhar em um supermercado. Sem creche para deixar o filho de um ano e nove meses, ela diz que paga R$ 100 para a vizinha tomar conta de Jonas. Dinheiro que faz falta pra a família. Ela recebe apenas um salário mínimo.
Juliana conta que há mais de um ano não consegue vaga para o filho em creches da rede municipal.
Hoje, na capital, oito mil crianças estão na fila de espera por uma vaga na rede pública para o ensino infantil. De acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação, pelo menos outros dez mil alunos com até cinco anos e seis meses aguardam a matrícula em creches e escolas filantrópicas conveniadas a prefeitura.
Na rede municipal, os inscritos terão que contar com a sorte. 30% das vagas são sorteadas. A maior parte, 70% são destinadas a famílias consideradas vulneráveis.
Na Umei do bairro Jardim Guanabara, na região norte, são quase 240 nomes na lista. Marciana veio pelo terceiro ano inscrever a filha Maria Eduarda.
O prazo termina no dia 5 de outubro. Basta procurar qualquer instituição que atenda a educação infantil. É preciso levar a certidão de nascimento da criança, comprovante de endereço da família e também do trabalho dos pais. Segundo a prefeitura a meta é, até 2012, ampliar 44 mil novas vagas com a criação de cem unidades de municipais de educação infantil.
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