sábado, 11 de dezembro de 2010

Kássio Vinícius


 Violência nas escolas

O Sind-Rede/BH solidariza-se com os familiares do professor Kássio Vinícius, vítima de uma facada feita por seu aluno, na faculdade Isabela Hendrix. Kássio era casado com a também professora Simone, da Escola Municipal Salgado Filho.

O sindicato está à frente em defesa da categoria. Não admitimos que esta realidade se repita nas escolas.

A realidade nas escolas
 
Para entender o processo que leva a este tipo de manchete nos jornais é preciso aprofundar um pouco mais na raiz da questão. 

Em primeiro lugar, os professores sofrem vários tipos de violência. Desde as mais explícitas, como no caso de Kássio, mas também de cunho psicológico. Esta última resulta em doenças graves como Burnout, afastamentos, exonerações e uso constante de remédios tarja preta. 

Monica Mainarte, diretora do Sind-Rede/BH, explica a situação: "A violência nas escolas existe e está aumentando. É muito difícil termos dados precisos, pois há uma cultura de não se registrar queixas , abafar o caso e tentar resolver dentro da própria escola. O que aparece na mídia é só a ponta do iceberg". Mesmo assim, o sindicato recebe queixas constantes de professores que são violentados não só física, mas também psicologicamente.

Luiz Roberti, professor e diretor do Sind-Rede/BH, acrescenta que não é só uma questão de alunos versus professores: "o poder público tem aumentado as atribuições e a culpabilização da educação nas costas dos professores tornando-o alvos de ataques tanto do sistema quanto dos próprios alunos". Portanto, segundo os diretores, ao colocar todos os problemas nas costas dos docentes, o poder público consegue tirar o foco da falta de investimento no setor. 

O caso é grave: "Se o professor resolver prestar queixa na Corregedoria, o processo acaba voltando contra ele", explica Mainarte. Ela ainda conta o caso de uma professora que levou uma carteirada de um aluno, teve traumatismo craniano e ainda foi acusada de perseguição. "Não há um suporte da justiça nem da prefeitura, nestes casos. O professor fica totalmente desamparado", salienta Roberti. 

Em casos de violência, os diretores orientam a chamar a guarda municipal, a polícia e o conselho tutelar para não haver riscos de exagero por nenhuma das partes (tanto do agressor quanto do agredido). O sindicato está à disposição para quaisquer dúvidas.

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