domingo, 28 de fevereiro de 2010

Seminário de Representantes de Escola e Umei



Indicativo de greve

Iniciamos 2010 com a negativa do governo municipal em estabelecer uma política salarial que atenda o conjunto da categoria. Através da Lei 9815/10 a PBH estabelece uma política discriminatória, pseudomeritocrática e excludente. Pune os trabalhadores pelo adoecimento. Aumenta os conflitos e a competição no interior das escolas. Estabelece o abono, para alguns, e nega reajuste salarial para todos.

Há uma crise na educação pública municipal de BH que tem a ver diretamente com o crescente processo de adoecimento da categoria, o fim da gestão democrática nas escolas, a falta de TEMPO de planejamento e avaliação do trabalho pedagógico, o empobrecimento curricular e conseqüentemente a queda na qualidade do ensino ofertado pela rede. É parte da crise nacional e mundial da educação.

A saída que a PBH oferece se iguala às dos demais municípios e estados, que é perseguir uma melhoria da nota média municipal dos estudantes em relação à média nacional, a partir dos instrumentos e parâmetros oficiais. Para isso se utiliza de uma reorganização administrativa do trabalho pedagógico e da pressão por resultados imposta aos professores. O abono e a "premiação" oferecidos perversamente através da Lei 9815/10 são os complementos desta política.

Acreditamos que o eixo central da campanha salarial de 2010 deve ser a luta por REAJUSTE. A pauta de reivindicações deve ser hierarquizada a partir deste centro. As demais questões da categoria devem permanecer para negociação.

Esta centralidade se faz necessária por dois motivos: o primeiro é elementar - não é possível conviver com 2 anos de reajuste zero - lutar por reajuste salarial para todos é a melhor forma de enfrentarmos a política meritocrática da prefeitura que longe de atacar os problemas da educação municipal irá acentuá-los.

Para atingirmos nosso objetivo não temos a menor dúvida de que A GREVE deve ser nosso principal instrumento. No ano de 2009 avançamos no processo de mobilização da categoria que fez, em unidade com os servidores, manifestações importantes na cidade, entretanto isto não foi suficiente para fazer o governo se mover. Por isto em 2010 temos que dar um passo a frente e a greve é este passo. Cabe a nós, Trabalhadoras/es em Educação dessa cidade, discutirmos nos locais de trabalho para convencermos a maioria dos trabalhadores da urgência e eficácia deste instrumento de luta. Pois a greve é necessária mas só pode ser vitoriosa se unificar a maioria de nossa categoria.

Lei 9815/2010

Cabe a nós rechaçarmos esta política e denunciar às comunidades escolares o que ela representa e como o prefeito gasta milhões para mentir para a população.

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