15/07 - 13:31, atualizada às 13:31 15/07 - Severino Motta - Último Segundo/Santafé Idéias
BRASÍLIA - A mesa diretora do Senado desistiu da criação de 97 cargos de confiança, que não exigiam concurso público e dariam salários de R$ 10 mil para os indicados. O presidente da Casa, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), comentou que a repercursão negativa após o anúncio da ampliação dos cargos comissionados foi decisiva para o recuo. "A repercussão negativa foi [decisiva]. Não dá para negar e tapar sol com uma peneira", explicou.
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Garibaldi ainda leu uma nota oficial, que será divulgada nesta tarde, em que a criação das 97 vagas é sepultada. O texto basicamente comunica que, mesmo sem uma reunião da mesa diretora os membros conversaram por telefone e, por não haver unanimidade, recuaram da decisão.
Garibaldi ainda leu uma nota oficial, que será divulgada nesta tarde, em que a criação das 97 vagas é sepultada. O texto basicamente comunica que, mesmo sem uma reunião da mesa diretora os membros conversaram por telefone e, por não haver unanimidade, recuaram da decisão.
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O presidente também tentou amenizar a situação em que se encontram os demais mebros da mesa diretora que apoiaram a criação dos cargos, em especial o senador Efraim Morais (DEM-PB), alegando que o pleito não estava na "contra-mão".
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"Alguns defenderam [a criação dos cargos]. Não acho que seja posição equivocada e que eles estejam na contra-mão", contemporizou.
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Decisão anunciada
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Na tarde de ontem o presidente Garibaldi já havia antecipado o assunto e afirmou que a mesa deveria voltar atrás da decisão de criação e mandar para o arquivo o decreto que instituiu as novas vagas. De acordo com ele, a criação dos cargos teria se revelado "imprópria e inoportuna".
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A abertura das vagas foi feita na última quarta-feira (9) através de uma resolução da mesa diretora. Devido à repercussão negativa, Garibaldi já havia suspendido a decisão, alegando que a matéria deveria ser votada em plenário, por todos os senadores, para que tivesse efeito.
A abertura das vagas foi feita na última quarta-feira (9) através de uma resolução da mesa diretora. Devido à repercussão negativa, Garibaldi já havia suspendido a decisão, alegando que a matéria deveria ser votada em plenário, por todos os senadores, para que tivesse efeito.
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A estratégia do presidente era de constranger os parlamentares para que derrubassem a criação das vagas, o que surtiu efeito entre os dirigentes da Casa. De acordo com o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), não houve ingerência dos líderes e a decisão pelo arquivamento foi exclusivamente da mesa diretora.
A estratégia do presidente era de constranger os parlamentares para que derrubassem a criação das vagas, o que surtiu efeito entre os dirigentes da Casa. De acordo com o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), não houve ingerência dos líderes e a decisão pelo arquivamento foi exclusivamente da mesa diretora.
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Apesar da não abertura dos 97 cargos de confiança, Garibaldi comentou que a decisão de se realizar um concurso público, para a contratação de 150 novos funcionários para diversas áreas de apoio à Casa e aos parlamentares está mantida. A expectativa é que as provas aconteçam em setembro.
Apesar da não abertura dos 97 cargos de confiança, Garibaldi comentou que a decisão de se realizar um concurso público, para a contratação de 150 novos funcionários para diversas áreas de apoio à Casa e aos parlamentares está mantida. A expectativa é que as provas aconteçam em setembro.
Cargos
A resolução da mesa diretora previa a criação de 97 cargos com salário de R$ 9.979, 24. Seriam 81 assessores de gabinete, uma para cada senador, e 16 auxiliares para as lideranças. Com a criação dos novos cargos, a despesa do Senado seria ampliada em mais de R$ 800 mil por mês e R$ 10 milhões por ano, sem contar os encargos como o INSS e horas extras.
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